segunda-feira, 18 de abril de 2016

O interesse imperialista por trás do golpe no Brasil

Golpe no Brasil nada mais é do que um 

novo Plano Condor na América Latina


Unidade para resistir à ofensiva de direita

A Câmara dos Deputados do Brasil acaba de consumar o primeiro passo para o golpe no país vizinho. Agora, o Senado está pronto para acusar a presidente Dilma Rousseff, do PT.

O golpe é tão óbvio que a presidente Dilma é julgada por decisões políticas tomadas pela fórmula presidencial, para assumir, em vez do outro membro da fórmula, o atual vice-presidente, Michel Temer, PMDB contrariando a vontade de 60 milhões de brasileiros que em 2014 elegeram a presidente Dilma e isso não é respeitado. 

Esta decisão de milhões é substituída por um grupo de parlamentares que representam o poder econômico concentrado e a maioria dos quais são suspeitos de corrupção. 

Desta forma, o direito na América Latina continua seu legado anti-democrático.

É um golpe semelhante ao que em 2012 derrubou o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Um novo formato para os mesmos objetivos: para alinhar os países da América Latina e do Caribe com a estratégia dos Estados Unidos. 

O império tenta recuperar o controle do continente após uma década de coordenação entre os governos surgidos de esquerda e progressistas, por sua vez, como resultado das lutas populares intensos contra o neoliberalismo que marcou uma era de mecanismos de integração sem precedentes, como a ALBA brilhando, UNASUL e CELAC. 

Mesmo em sua fase embrionária, essas agências tornaram-se obstáculo para as tentativas dos EUA de impor a ALCA e, assim, garantir a dominação econômica, política e militar sobre os nossos territórios.

Em outros momentos, os EUA precisavam das forças militares de nossos países para coordenar a repressão do seu próprio povo, para instalar dóceis governos políticos.

Assim, ele nasceu e foi executado o plano Condor entro os anos 70/80, a partir do qual o sequestro, tortura, assassinato e desaparecimento de milhares de compatriotas com o objectivo de aniquilar a mobilização popular e aterrorizar a população foi coordenada para instalar as políticas neoliberais. 

Neste momento, a nova estratégia é o chamado "golpe suave", que tenta legitimar a destituição dos governos inconvenientes através da coordenação entre os setores privados de mídia do Judiciário e do Parlamento.

Além disso, em certos casos, é possível adicionar o uso de militares das forças especiais de combate - sicarios - Laboratoriais paramilitares ou comunicacionais da psicológicos-operações que trabalham combinados para deslegitimar os processos e criar uma situação que permite a mudança de ações do governo. 

Invariavelmente, em todos os casos a mudança de governo é feita por partidos políticos de direita, que apoiam a democracia somente quando eles tiverem sucesso, mas eles só estão operando contra o governo.

Nesta situação, a partir do Movimento Popular Pátria Grande expressamos nossa solidariedade com o povo do Brasil, que está sendo invisível pela mídia e no momento está nas ruas em repúdio ao golpe. 

Por sua vez, expressamos preocupação com o curso dos acontecimentos em desenvolvimento afinidade completa com os desejos do imperialismo: o triunfo eleitoral de Mauricio Macri na Argentina, agora seguido pelo golpe no Brasil.

A terra está apronta para avançar mais decisivamente contra governos e povos da Venezuela, Bolívia e Equador e para iniciar um novo ciclo de ajuste neoliberal no continente, que incluirá a discussão de acordos de livre comércio que visam cortar os direitos sociais e limitar a soberania econômica para o benefício dos transnacional e "cooperação" entre as forças de segurança dos Estados Unidos (DEA, FBI e do Comando Sul do Pentágono) militar e com o seu equivalente local. 

Por esta e outras questões não é esquecido e não é o mesmo para um governo de Macri ou um golpe no Brasil.

Nestas circunstâncias, precisamos intensificar e aprofundar o debate político e o processo de unidade entre as organizações de base em cada país e em todo o continente. 

Deve coordenar as lutas e mobilizações em solidariedade com atacado e processos em cada país se prepara para assumir uma nova unidade de ciclo de resistência, com o objetivo de construir a alternativa política dos povos.

Pátria Grande Movimento Popular  de Movimentos conjunta para ALBA

Via: http://patriagrande.org.ar/america-latina/golpe-en-brasil-un-nuevo-plan-condor-en-america-latina/