terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A Supremacia burla o Brasil

A Supremacia que burla o país.

O que uma mulher, brasileira, aposentada pensa de tudo isso.
A Supremacia burla e torna o Brasil… “líquido”
O que foi feito com nossa identidade? Por que o título cidadão que recebemos para eleger os governantes, nos foi solapado fazendo com que perdêssemos o direito que a Constituição nos outorgou?
Por que uma pequena, porém rica e poderosa parcela da sociedade, se arvora soberana, superior e respalda um parlamento corrompido para burlar as leis constitucionais?
Que pessoas são essas que entregam grandes riquezas e traem a Pátria em transações inimagináveis?
Que maquiavelismo sádico fragiliza nossa soberania deixando a Nação a mercê de interesses escusos?
Que perspectivas de emprego serão oferecidas com as empresas capengando por falta de demanda? Outras fechando ou demitindo em massa?
Como encarar a realidade desumana de homens e mulheres sem trabalho para o sustento da família? Como conter a revolta dos que eram assistidos pelos programas sociais que davam um pouco de dignidade à sua existência? Vamos retroceder ao mapa da fome?
Sem trabalho, sem assistência médica abrangente, sem remédios, sem apoio científico para o combate às epidemias que vão se espalhando em moradias precárias sem água tratada e esgotamento sanitário…
O que fazer com a ansiedade e o medo de viver num país onde as desigualdades vão se acirrando cada vez mais nos deixando reféns da violência urbana sem meios eficazes para seu controle? Encarcerando sem humanidade e facilitando rebeliões monstruosas?
O que dizer aos nossos filhos e netos a respeito de um futuro incerto, dos sonhos das vagas nas universidades públicas que podem não se concretizar e aos que trilhavam o caminho da especialização com pesquisas no exterior?
Como lidar com a constante ameaça de violação dos direitos dos idosos e aposentados, adquiridos pela jornada de trabalho ao longo dos anos e no exercício de suas profissões, num momento em que mais precisam?
Como pode a população ter acesso à realidade dos fatos e não á visão torta da mídia dominante, que revolta e condiciona de acordo com seu jornalismo parcial?



Constantemente fatos de corrupção são revelados desqualificando ainda mais o atual governo, que recua exonerando ministros e secretários, numa tentativa de enfrentar a rejeição absoluta. Buscando demonstrar seu repúdio ás propostas em trâmite no Congresso (medidas de cerceamento do pensamento crítico, reformulação do ensino médio e congelamento de verbas por vinte anos, afetando a educação) os alunos, com maturidade e idealismo ocuparam as escolas pelo país.

Manifestações de intelectuais, artistas, movimentos de trabalhadores do campo e da cidade, minorias e instituições representativas da sociedade, foram ás ruas para impedir que medidas inconstitucionais contra a educação, a saúde e direitos do trabalhador fossem aprovadas no congresso.
Algumas recorreram, inclusive, às organizações internacionais denunciando seletividade da justiça na apuração de delações.
Agora, atordoados com a realidade e com os reflexos na economia, calaram as panelas cheias de ganância, talvez com medo que panelas vazias de comida se avizinhem e venham atordoar os seus ouvidos moucos de justiça e fraternidade.
Porém, se deixarem de lado as divergências e se unirem em prol do nosso País, não conseguirão nos calar e retomaremos a solidez nacional, caso contrário nos transformaremos numa massa de silenciosos inocentes com os direitos e a dignidade devorados.
Tentaremos ser otimistas e como versa nosso poeta maior Chico Buarque de Hollanda (ainda não agraciado com o merecido título de imortal) “Amanhã vai ser outro dia!”
(Leila Lima)