quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O capitalismo não cairá sozinho.

O capitalismo não cairá sozinho, é preciso derrubá-lo
por Fernando Bossi Rojas

"O detalhe está em que o capitalismo não cairá por si só, nem colapsará por mera “implosão”, como desejam muitos, fundamentalmente aqueles que negam a luta de classes. 

O capitalismo, entendo, terá que ser derrotado, destruído e sepultado a partir de um profundo processo revolucionário, que inclui, de uma forma ou de outra, a ditadura do proletariado, ou a ditadura das maiorias, ou como quiser se chamar esse período em que a contrarrevolução terá que ser tratada inflexivelmente. 

Sobram descrições e prognósticos mas faltam, sobre essas análises e descrições – valiosas, sem dúvida –, propostas concretas."

"Sem organização, consciência e disciplina da classe operária, não vislumbro possibilidade alguma de socialismo. E para nossos países, espoliados pelo imperialismo, entendo que a frente anti-imperialista e de libertação nacional tem também vigência, considerando que em seu seio o partido da classe operária deve lutar para conduzi-la. 

As experiências nacional-burguesas de Brasil e Argentina testemunham que a condução burguesa, por mais “nacional” que se diga, deriva sempre em claudicação ou derrota."

Começando pelo próprio Marx e chegando até o momento atual, observamos que muitos intelectuais e pensadores de esquerda em geral vêm sustentando que a crise terminal do sistema capitalista é um fato demonstrado. 

A cada crise cíclica do capitalismo aparece a sentença inapelável de que o sistema está caindo. Incluindo, obviamente, a crise de 2008.

Talvez seja assim, não o nego, mas o sistema capitalista, atualmente, não parece reconhecer esse categórico veredito ou, ao menos, se o analisamos pelo tempo que se passou, a suposta agonia se apresenta muito prolongada. 

No entanto, o discurso se repete periodicamente: “ao diminuir a taxa de lucro, etcetera, etcetera, etcetera…”

O detalhe está em que o capitalismo não cairá por si só, nem colapsará por mera “implosão”, como desejam muitos, fundamentalmente aqueles que negam a luta de classes. 

O capitalismo, entendo, terá que ser derrotado, destruído e sepultado a partir de um profundo processo revolucionário, que inclui, de uma forma ou de outra, a ditadura do proletariado, ou a ditadura das maiorias, ou como quiser se chamar esse período em que a contrarrevolução terá que ser tratada inflexivelmente. 

Sobram descrições e prognósticos, mas faltam, sobre essas análises e descrições – valiosas, sem dúvida, propostas concretas.

Via Marraficovermelho.com