Temer, Aécio e a bancada dos sujos no STF
por Altamiro Borges
O site ‘Congresso em Foco’ publicou nesta quarta-feira (3) um levantamento que até mereceria destaque no Jornal Nacional da TV Globo. Mas, lógico, “não vem ao caso”, como diria o juiz Sergio Moro. Segundo a reportagem, assinada por Joelma Pereira, PMDB e PSDB lideram a bancada dos senadores investigados pelo Supremo Tribunal Federal. O título da matéria é sacana – destaca Renan Calheiros e omite o nome do Judas. Mas o conteúdo é revelador. “Dono da maior bancada no Senado, o PMDB, do presidente Michel Temer, lidera o bloco dos investigados: 11 dos 22 peemedebistas respondem a inquéritos (investigações preliminares que podem resultar em processo) ou ações penais (processos que podem terminar em condenação) na corte. Desses, nove são alvos da Operação Lava Jato. Entre eles, o atual e o ex-presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Renan Calheiros (PMDB-AL)”.
O site ‘Congresso em Foco’ publicou nesta quarta-feira (3) um levantamento que até mereceria destaque no Jornal Nacional da TV Globo. Mas, lógico, “não vem ao caso”, como diria o juiz Sergio Moro. Segundo a reportagem, assinada por Joelma Pereira, PMDB e PSDB lideram a bancada dos senadores investigados pelo Supremo Tribunal Federal. O título da matéria é sacana – destaca Renan Calheiros e omite o nome do Judas. Mas o conteúdo é revelador. “Dono da maior bancada no Senado, o PMDB, do presidente Michel Temer, lidera o bloco dos investigados: 11 dos 22 peemedebistas respondem a inquéritos (investigações preliminares que podem resultar em processo) ou ações penais (processos que podem terminar em condenação) na corte. Desses, nove são alvos da Operação Lava Jato. Entre eles, o atual e o ex-presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Renan Calheiros (PMDB-AL)”.
Ainda de acordo com a matéria, “o PSDB, dono da segunda maior bancada no Senado, com 11 senadores em exercício, tem sete dos seus senadores enrolados no STF. Todos eles são suspeitos de participar do esquema de corrupção da Petrobras ou de receber dinheiro de origem ilícita de empreiteiras. Apenas Aécio Neves (MG), presidente da Executiva Nacional do partido, acumula sete inquéritos no tribunal. A sigla tem mais um nome envolvido e que não está contabilizado entre os sete, trata-se do senador Aloysio Nunes (SP), que atualmente comanda o Ministério de Relações Exteriores”. O PT surge em terceiro na lista – com quatro dos nove senadores petistas respondendo a investigações. Se estivesse em primeiro lugar, com certeza o levantamento seria destaque no JN.
O levantamento do site confirma que o sistema político brasileiro – nutrido pelos recursos privados de poderosas empresas – está podre e precisa urgentemente ser mudado. “Pela primeira vez na história, mais da metade dos senadores (53% dos 81 integrantes da Casa) está na mira do Supremo. Os números podem ser ainda maiores, já que o STF mantém sob absoluto sigilo algumas investigações contra autoridades com foro privilegiado... Juntos, os 42 senadores investigados acumulam 107 inquéritos e 15 ações penais. Oito deles já são réus. Ou seja, tiveram denúncia aceita pelo Supremo, que entendeu haver indícios de que cometeram os crimes atribuídos a eles pela Procuradoria-Geral da República. Entre os investigados, estão 28 suspeitos de receber dinheiro ilicitamente de empreiteiras ou do esquema de corrupção na Petrobras. Corrupção, lavagem de dinheiro, desvio ou apropriação de verba pública e crimes eleitorais e contra a Lei de Licitações são algumas das acusações que mais se repetem contra os senadores”.
Confira a lista dos senadores do PMDB, de Michel Temer, e do PSDB, de Aécio Neves, com pendências no STF:
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PSDB
Aécio Neves (MG)
Antonio Anastasia (MG)
Cássio Cunha Lima (PB)
Dalírio Beber (SC)
Eduardo Amorim (SE)
José Serra (SP)
Ricardo Ferraço (ES)
PMDB
Dário Berger (SC)
Edison Lobão (MA)
Eduardo Braga (AM)
Eunício Oliveira (CE)
Jader Barbalho (PA)
Marta Suplicy (SP)
Kátia Abreu (TO)
Renan Calheiros (AL)
Romero Jucá (RR)
Valdir Raupp (RO)
Zezé Perrella (MG)
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Em tempo: Apesar de o cambaleante Aécio Neves ser o recordista em denúncias de corrupção – “o presidente da executiva nacional do PSDB acumula sete inquéritos no tribunal” –, ele segue com um tratamento privilegiado por parte da mídia tucana. Nesta terça-feira (2), o tucano prestou depoimento à Polícia Federal em Brasília. Ele foi ouvido por cerca de uma hora na condição de investigado no inquérito de Furnas, que apura se o ex-governador mineiro recebeu propina do ex-diretor da estatal Dimas Toledo. A maioria dos brasileiros, porém, nem tomou conhecimento da cena. Afinal, não foi destaque na TV Globo. Não teve helicópteros, vazamentos ou fofocas dos “calunistas” da mídia. O “mineirinho” da lista da Odebrecht segue curtindo a vida nas praias do Rio de Janeiro.
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