Os Chicos e os Franciscos | Os Pátios do Brasil Têm Muitos Chicos.
Por Moisés Mendes
O Chico treinador de Rebeca Andrade, com aquele jeitão de quem está
sempre no mesmo ritmo, sem aceleração e sem estresse, é o Chico que todos nós
já tivemos em algum momento na vida.
Aquele cara que está ali, pronto para orientar, cobrar e socorrer
num tombo, sem ser apressado e ostensivo.
Francisco Porath Neto às vezes parece tímido demais e ausente. Mas
todos sabem que as coisas não aconteceriam em Paris se ele não estivesse por
perto. É assim com todos os Chicos.
Eu tive alguns Chicos na minha vida, em circunstâncias variadas,
principalmente quando achava que não estava preparado para dar saltos mortais.
E dava, porque havia um Chico por perto.
Os pátios dos colégios estão cheios de Chicos. Se ainda vivesse meu
tempo de repórter, eu iria atrás dos Chicos que nunca irão descobrir Rebecas,
mas trabalham e suam muito como se escolas e academias das periferias, com
pátio de chão batido, fossem ginásios de Paris.
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SÓ ELAS
Estou enviando minha sugestão, de graça, para a direção da Globo.
Deixem só as mulheres narrando e comentando o futebol e todos os
esportes, principalmente nas grandes competições.
E os homens? Põe os homens a carregar as malas das gurias.
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SÓ ELES
Olimpíadas das Criaturas do Pântano no Texas, com participação de Elon Musk, Trump e Bolsonaro na prova da natação no esgoto.
Quem levaria ouro, prata e bronze?
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ELE NÃO
Teve gente torcendo para o negacionista sérvio Djokovic. Eu estou
com Fernando Morais. Não dá pra torcer para fascistas e supremacistas. De jeito
nenhum.
O tênis acima da ciência, da saúde pública e do respeito pelos
interesses coletivos? Estão de brincadeira.
(...)