PERÍCIA DO SENADO DIZ QUE DILMA NÃO PEDALOU
por Eduardo Simões(¹)
Laudo assinado por três técnicos do Senado Federal e entregue nesta segunda-feira 27 à comissão do impeachment, a pedido da defesa da presidente Dilma Rousseff, rebate denúncia de que ela praticou "pedalada fiscal" com o atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra;
"Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos"; documento também aponta que a presidente agiu para liberar créditos suplementares sem o aval do Congresso através de decretos, e que três dos quatro decretos de crédito que são alvos da denúncia eram "incompatíveis" com a meta fiscal.(¹)
O golpe não idiotizou a classe média, apenas a fez visível.
Aliás, o idiota continua ativo e mais idiota no que nunca. "As classes médias, idiotizadas pelos meios oligopólios de comunicação, se deram conta de terem sido manipuladas como massa de manobra pelo que existe de pior na apodrecida classe política brasileira"
Publicado em 17 de jun de 2016, o jornalista Franklin Martins, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no segundo governo Lula (2007-2010) e um dos articuladores da criação da Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), comenta para o blog do CEE-Fiocruz sobre o papel da mídia na crise política que o país atravessa, após o seminário Mídia e crise brasileira: a cobertura jornalística, a comunicação pública e o olhar da imprensa estrangeira realizado pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz). “Em todo lugar do mundo, as regulações procuram estabelecer mecanismos que impeçam o discurso único que é frontalmente contrário à riqueza do debate e à democracia”.
"O golpe só foi produzido porque teve por trás um discurso único bombardeado dia e noite pela mídia à população".
Isso vem demonstrar que o líder é aquele que é escolhido por aqueles que beneficiam, e só é líder, enquanto convier aos seus patrões. Essa canalhada que rodeia o poder é sobejamente conhecida, e até no tempo dos reis se falava em golpes palacianos, para referir as conspirações dos ninhos de vespas que rodeavam o rei, e que na verdade exerciam os poderes do rei em seu nome, pilhando aqui e ali, sem que o rei o soubesse.
A corrupção é oculta, e apenas do conhecimento daqueles que estão envolvidos. A prova é tão difícil que é uma das áreas da justiça mais difíceis de combater, aquilo a que se chama crimes de colarinho branco.
E por isso diz o povo que a justiça é apenas para os pequenos, não atinge os grandes. Os grandes que estão historicamente fora do alcance de todos, até das investigações criminais, as quais estão sob controle direto do poder político.
Pelos vistos no Brasil, essa barreira foi ultrapassada, e o poder político deixou de conseguir atingir o poder judiciário, embora há dias se tenha ventilado a intenção de Senadores pedirem o Impeachment do Procurador Geral da República.
Pois aqui temos o poder político a querer interferir com a investigação criminal, usando poderes constitucionais para realizar fins próprios de obstrução à justiça, que é histórica.
Afinal, fica-se, a saber, que aqueles a quem são dirigidos processos de Impeachment são aqueles que deixaram de pertencer ao clube, os que passaram a tornar-se incômodos, os que deixaram de ser testas de ferro dos corruptos que laboram na sombra, e nas suas costas.
Seminário Mídia e Crise Brasileira.
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