Temer reúne a quadrilha para
discutir a reação e derrubada de denúncias contra ele e Aécio
Logo após a divulgação de que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentara denúncia contra
Michel Temer, o presidente da República chamou ministros para traçar os
próximos passos de sua defesa.
Temer e sua equipe ficaram até tarde no Palácio do Planalto. Às 23h ainda não tinham deixado o gabinete do presidente na sede do Executivo federal em Brasília.
Passaram pela sala de Temer os
ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Grace Mendonça (AGU), Moreira Franco
(Secretaria Geral), Torquato Jardim (Justiça), além dos líderes no Congresso,
André Moura (PSC-SE), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
O governo começa a traçar a
estratégia política e jurídica de reação à denúncia formalizada por
Janot. O Palácio do Planalto avisou a imprensa de que não se manifestaria.
Disse que quem falaria sobre o caso seriam os advogados do presidente.
No início da noite, às 20h18, o
advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, representante de Temer, afirmou
ao Poder360 que a denúncia “não deve conter elementos probatórios“. A
defesa afirmou que ainda não tinha tido acesso à íntegra da denúncia contra o
presidente.
A PGR confirmou a expectativa do
Planalto de que as denúncias fossem “fatiadas” – cada uma por 1 crime pelo qual
Michel Temer é investigado. Na peça apresentada nesta 2ª feira (26. jun.2017),
o presidente é acusado por corrupção passiva. O peemedebista ainda é investigado
por organização criminosa e obstrução de Justiça.
Torquato, Grace e Jucá passaram
pelo gabinete no início da noite. Padilha e Moreira ficaram até o fim da noite.
Os 2 são citados na denúncia apresentada contra Michel Temer e seu ex-assessor
Rodrigo Rocha Loures. O Ministério Público diz que os ministros palacianos
seriam integrantes do “núcleo do PMDB da Câmara”, do qual Temer também faria
parte.
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