Sobre o Comentário Insensato de Catanhêde Sobre Suas Joias Subtraídas | ...Qual a novidade?
por Chico Mello
Confesso que mesmo sendo surreal, nada mais me surpreende nessa pátria azarada que o "povo brasileiro" teima em manter nas mãos da dita classe dominante...
Ao assistir em vídeo a declaração dessa "jornalista" que tentou (mas não conseguiu) comparar em comentário sobre as perdas de suas joias com as perdas das vítimas das enchentes no sul do Brasil, notadamente no Rio Grande do Sul, a mesma voltou a escancarar sua insensibilidade em comentário absurdamente infeliz (sic) externado no vídeo abaixo, será?...
(talvez dois cliques sejam necessários para abrir o vídeo!)
Essa 'senhora' que vive num mundo à parte é a mesma que um dia ao cobrir uma convenção do PSDB, como jornalista da Folha, disse que o partido tucano parecia de massa, mas de uma “massa cheirosa”... ou seja, em outras palavras, deu a entender que o povo fede!
Agora em comentário no Globonews Em Pauta, ao 'soltar mais uma pérola onde tentou comparar o assalto à sua casa com as perdas das famílias no Sul, o fato, veio a ensejar o Professor Adriano Viaro(¹) a publicar uma interessante missiva à mesma, confira:
Carta aberta a Eliane Cantanhêde
Minha cara,
Enquanto a mídia hegemônica seguir como legítima representante das classes dirigentes teremos que conviver com a escrotidão de comentários como os seus.
A senhora não erra ao comparar uma tragédia de proporções sem precedentes com o roubo de jóias. Não, o seu erro é ocupar um posto que deveria ser de prestação de serviços sociais para regurgitar analogias através do seu único repertório.
A senhora, minha cara, representa os defensores de um Estado pequeno, pois para poucos. A senhora, aliás, faz parte destes poucos. A senhora chora a perda de jóias, enquanto um povo chora a perda da subsistência. A senhora chora a perda de jóias, enquanto um povo chora a perda da memória, ou da própria vida.
A senhora deveria se envergonhar a ponto de esconder-se das câmeras, mas não o fará, pois todos os afetados não lhe dizem respeito e sequer lhe tiram o sono.
Carissima Cantanhêde: seu comentário é fruto do escárnio que habita seu âmago sempre que a notícia envolve flagelados, oprimidos e desassistidos.
A senhora representa uma elite econômica que dita regras e distribui cartas desde a chegada de Cabral.
A senhora representa tudo o que há de mais torpe em matéria de civilização. E a sua liberdade de expressão não passa de uma espécie de "direito de ofender". Eu lhe desprezo.
Respeite o povo que está sofrendo. Tenha o mínimo respeito por todos aqueles que perderam "a joia" da dignidade, ou da própria vida.
(...)