segunda-feira, 20 de maio de 2024

Urubus Bolsonarentos Fazem 'Turismo' na Tragédia Gaúcha...

Urubus Bolsonarentos Fazem 'Turismo' na Tragédia Gaúcha... | Filhos de Bolsonaro Estiveram no RS, Apenas Passeando!

            por Chico Mello

Isso mesmo e óbvio que você já sabe disso. Duas semanas depois do início da tragédia e é óbvio que é do seu conhecimento, dois dos filhos do genocida e agora inelegível (o deputado federal 
Eduardo Bolsonaro (PL) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL), foram parar no Rio Grande do Sul) estiveram "visitando" cidades atingidas pelas enchentes que ainda castigam o estado do Rio Grande do Sul(¹), pois as águas estão a baixar muito lentamente e sim, foram nas redes sociais muito criticados por isso posto que agissem exatamente como são, verdadeiros urubus, com as devidas escusas às aves...

Esse breve introito se trata apenas de breve gancho para abordar a questão principal qual seja, o tuite dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vulgo Dudu Bananinha que (absolutamente sem noção), para variar, lascou na semana anterior essa pérola:

"Imagina o que seria do Brasil e dos brasileiros com Lula presidindo-o na pandemia!".

A resposta veio a 'galope' por Celso Rocha de Barros(²),

Eduardo, vamos começar imaginando como seria o desastre no Rio Grande se o golpe de seu pai, denunciado pelos ex-chefes do Exército e da Aeronáutica, tivesse dado certo.

Nesse cenário, e só nele, Jair Bolsonaro ainda seria presidente em 2024.

Quando as enchentes começassem, Jair negaria a existência de enchentes e as chamaria de "chuvazinha".

Em suas lives de quinta, divulgaria teorias da conspiração sobre como a China causou a enchente.

Com base em uma estimativa de Osmar Terra, afirmaria que menos chuvas cairiam no Rio Grande em 2024 do que no ano anterior.

Ao lado de Paulo Guedes, declararia que a evacuação das áreas inundadas seria completamente desnecessária e atrapalharia a economia.

Jair declararia guerra a Eduardo Leite e Sebastião Melo por tentarem resgatar vítimas da enchente, como fez com Doria e suas vacinas.

Não visitaria os desabrigados, não choraria pelos mortos.

Ao invés disso, faria piada imitando um gaúcho se afogando, e, diante da indignação popular, diria: "Querem que eu faça o que? Não sou salva-vidas".

Em cadeia nacional de rádio e televisão, Bolsonaro afirmaria que os afogados deviam ter algum problema de saúde preexistente, porque só isso os impediria de vencer a correnteza a nado, o que ele, com seu histórico de atleta, faria com facilidade.

Essa abordagem acima, portanto, serve de gancho para informar à você que na real, bem na real, a notícia que vem complementar a comparação imbecil de Dudu Bananinha é exatamente essa:

Nas cidades em que Bolsonaro teve mais votos tiveram mais mortes por Covid(³)

Municípios onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve mais votos nas eleições presidenciais de 2018 e 2022 tiveram mais mortes durante os picos da pandemia de Covid-19 no Brasil. As informações foram divulgadas em um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública nesta segunda-feira (20).


A pesquisa analisou a relação entre o excesso de mortalidade registrado em 2020 e 2021 e o percentual de votos obtido por Bolsonaro no primeiro turno desses pleitos.

Na crise sanitária, o ex-chefe de estado brasileiro contrariou as recomendações de autoridades de saúde e se opôs a medidas de isolamento social e uso de máscaras. O trabalho identificou que cada aumento de 1% nos votos municipais para Bolsonaro em 2018 e 2022 esteve associado a uma alta de 0,48% a 0,64%, respectivamente, no excesso de mortes dos municípios durante os picos da pandemia.

“Houve uma fidelidade enorme no eleitorado. Um núcleo de eleitores continuou a votar nele. A expectativa era que ele seria penalizado eleitoralmente, que a rejeição aumentasse. Isso não ocorreu”, explica Everton Lima, docente e pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Lima, um dos autores do estudo, disse que a pesquisa mostra uma associação entre um maior excesso de mortes e mais votos em Bolsonaro, não uma relação de causa e efeito.

Segundo o pesquisador, não é possível dizer que as pessoas que se opunham ao uso de máscaras e ao isolamento social votaram em Bolsonaro porque ele empunhava essas bandeiras. Tampouco concluir que elas se identificavam com o então mandatário e, por isso, adotaram esses comportamentos. Já a descrença nos impactos da pandemia, a resistência ao uso de máscaras e a demora na implementação de uma campanha de imunização podem explicar essa associação, apontou o trabalho.

Mesmo assim, os dados podem refletir, por exemplo, medidas de saúde inadequadas implementadas por governos municipais onde Bolsonaro obteve mais votos.

Vale destacar que o estudo teve colaboração ainda de Lilia da Costa, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Rafael Souza, Cleiton Rocha e Maria Ichihara, todos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Voto ideológico

Os autores utilizaram os resultados do primeiro turno das eleições para capturar melhor o voto ideológico. O excesso de mortalidade compara a média mensal de mortes entre 2015 e 2019 com o número de mortes durante os picos da pandemia.

“É um termômetro para dizer que está acontecendo algo diferente”. De acordo com a pesquisa, a oposição a Bolsonaro, representada pelos votos no PT, mostrou uma correlação negativa com o excesso de mortalidade nos municípios, ou seja, quanto maior o percentual de votos verificado nos candidatos petistas, menor foi o número de mortes.

“Há uma fidelidade até certo ponto cega”, diz Lima. “Estamos polarizados em um nível político que é o nós contra eles. Você acaba sendo alimentado por informações de dentro do seu grupo. Não conversa com o outro lado.”

(...)