Passou da Hora de Acabar Com Ela | A Serpente Ainda Desliza e é Preciso
Retirar os Lavajatistas dos Postos Estratégicos da República!
Por Joaquim de Carvalho(¹)
A serpente ainda desliza e é preciso retirar os lavajatistas dos postos estratégicos da República...
Ministério da Justiça mantém em postos estratégicos agentes que
colaboraram com o regime de exceção representado pelo tribunal comandado por
Sergio Moro.
Quando foi fundada a Nova República, com a eleição de Tancredo Neves e o fim da ditadura de quase 21 anos, em 1985, a preocupação dos democratas era desmontar o aparato autoritário, representado por normas legais e principalmente pelos agentes públicos que tinham tido papel relevante no regime autoritário.
Na época, eram chamados de entulho da ditadura. Em 2024, algo
semelhante ocorre, mas sem que haja resposta da sociedade para a volta à
normalidade democrática. O lavatismo segue forte e os lavajatistas ainda ocupam
postos de destaque na máquina pública, inclusive no governo Lula.
O Conjur publica nesta segunda-feira (03/06) reportagem sobre os
personagens da Lava Jato que seguem prestigiados no Ministério da Justiça. É o
caso de Carolina Yumi de Souza, chefe do Departamento de Recuperação de Ativos
e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Ela já havia atuado como
diretora-adjunta do órgão entre 2005 e 2008 e 2015 e 2017.
Yumi teria viabilizado os rumorosos acordos de cooperação com os
Estados Unidos e a Suíça cujas provas colhidas foram anuladas pelo ministro
Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, por irregularidades.
No ano passado, é preciso lembrar, o DRCI gerou uma situação de
constrangimento para o ministro Dias Toffoli, do STF.
O Departamento informou equivocadamente que a 13a. Vara Federal de
Curitiba não havia solicitado colaboração formal com as autoridades suíças e,
com base nessa manifestação falsa, Dias Toffoli anulou as provas do acordo
de leniência da empreiteira Odebrecht.
As provas deveriam ter sido anuladas mesmo, como viriam a ser, mas
por outra razão: eram imprestáveis, já que não houve perícia que comprovasse a
veracidade dos arquivos hospedados em um servidor da Suíça.
O DRCI também não tem acionado os mecanismos legais para fazer a
Espanha cumprir acordo com o Brasil e devolver parte do processo contra Rodrigo
Tacla Duran enviado para lá por Sergio Moro, ao que tudo indica, ilegalmente.
No próprio gabinete de Dias Toffoli há um juiz auxiliar que atua na
investigação sobre denúncias de ilegalidades de Moro que foi auxiliar de Luiz
Fux, que, assim como Luís Roberto Barroso, fazem a defesa dos lavajatistas na
corte suprema.
É Walter Godoy dos Santos Júnior, que foi procurado, mas não retornou a ligação. Ao que parece, a investigação sobre Moro avançou, graças ao trabalho de policiais federais, mas a presença de Godoy dos Santos Júnior desperta incômodo
(...)