Uma Feira do Livro e a ‘Ingerência’ Sionista no Brasil Que Continua! | ...e a Carta de Breno à Quatrocincoum
Por Chico Mello
Não é de hoje que nos ‘salta aos olhos’ que a
ingerência sionista no mundo todo é, sem sombra de duvidas, uma realidade
sinistra.
Pesquisem, por exemplo, para saberem como e quando
a ‘dita cultura’ norte americana capitulou sob as ingerências sionistas na
América do Norte em todo e qualquer tipo de eleição...
Por lá naquelas bandas, políticos que não
externarem simpatias ao estado sionista, o grande terrorista do médio oriente,
certamente terão sérias possibilidades de serem eleitos e isso é fato. A
‘grana’ sionista na terra do dito Tio Sam sempre ‘falará mais alto’. O termo
apropriado para isso é ‘lobby’!
Por aqui, uma das últimas ingerências, se é que
podemos dizer assim, ficou por conta da extradição sumária e ilegal de Muslim M. A Abuumar, cidadão
palestino e professor que foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos e
depois deportado pela Polícia Federal brasileira. A deportação arbitrária,
segundo denuncia, foi um pedido do FBI e do Mossad, serviço secreto israelense
gerando protestos na comunidade palestina brasileira...
Chama atenção algumas críticas à postagem de Breno que você poderá conferir a seguir. E é sempre assim, o desvio intencional e rasteiro da atenção ao motivo propriamente dito, qual seja o extermínio programado dos palestinos por parte dos sionistas como nesse comentário de ‘WebJudaica’: “Opa, obrigado por divulgar, não tinha visto a programação ainda. Legal que não se deixaram levar por antissemitas! Parabéns @quatrocincoum!”
Observaram? É sempre assim. O desvio de atenção é contumaz, pois a questão em tela é simples e assinamos embaixo por tratar a decisão Breno de cancelar assinatura, autor da missiva, de um protesto antissionista e não antissemita como tentou dar a entender a ‘webjudaica’!
É evidente que não somente essa Editora age em prol de buscar acobertar os ‘feitos’ sionistas no médio oriente pois a mídia brasileira é contumaz nessa prática, sendo, portanto, apropriada a frase de Eduardo Galeano.
Caro
Paulo Werneck
Com todo o respeito por teu trabalho e pela trajetória da @quatrocincoum, sinto-me obrigado a interromper minha assinatura.
O motivo derradeiro que me leva a essa decisão é a programação oficial da Feira do Livro do Pacaembu, em São Paulo, uma iniciativa que vocês comandam.
Como é possível que, dentre tantas mesas temáticas, nenhuma das previstas trate do genocídio que o Estado de Israel comete contra o povo palestino?
Nada justifica estar excluído, do palco central dessa feira, o grande tema de nossa época. Já me causava estranheza em sucessivas edições da revista o pouco caso com essa questão: nas raras vezes em que foi abordada, ficou evidente a opção quase absoluta por artigos de simpatia sionista.
Mas a programação da feira enterra qualquer eventual explicação: obviamente havia tempo e espaço para que a tragédia do povo palestino fosse tratada com a devida importância.
Ou você realmente acha que qualquer dos assuntos incluídos tem mais relevância humana e cultural? A curadoria é a alma de uma feira como a do Pacaembú.
O perfil do evento é determinado pelas escolhas de quem elege o que irá acontecer no tablado principal. Sobre esse aspecto, somente é possível sentir frustração e indignação.
Estou entre aqueles que consideram a questão palestina como régua moral de nossos tempos. A ação ou omissão a esse respeito define de que lado ético e histórico estamos.
Boa parte da intelectualidade brasileira está afundada no silêncio covarde ou no interesse bem-remunerado.
Bem sei que o lobby sionista é poderoso, faz joelhos tremerem. No entanto, eu tinha sinceramente a expectativa de que vocês poderiam ajudar a fazer diferente.
Infelizmente parece que, ao menos por ora, me enganei.
Atenciosamente Breno
Altman
Jornalista e fundador do
Opera Mundi
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